A Farfetch, retalhista de luxo online de origem portuguesa está a tentar finalizar um acordo de resgate com um comprador, suportado por capital privado, ainda antes do Natal, segundo escreve o “The Sunday Times”. Diz o jornal que o anúncio poderá ser feito ainda esta segunda-feira.
O presumível comprador, cuja identidade não é identificada, está em negociações avançadas sobre um acordo para retirar a empresa de moda londrina da bolsa de valores, num acordo de aquisição privada com os seus detentores de dívida sénior, um grupo liderado pela multinacional chinesa Tencent e pela empresa de investimento americana Dragoneer. Com este acordo, os investidores seriam eliminados.
O jornal indica que a Farfetch receberia 500 milhões de dólares (cerca de 459 milhões de euros) de financiamento de emergência.
José Neves, cofundador e presidente executivo, queria anunciar o acordo já esta segunda-feira, mas foi advertido no sentido contrário pois o acordo poderia fracassar.
A Farfetch precisa de um novo financiamento antes do natal para evitar a falência.
Na semana passada a imprensa internacional escrevia que a Farfetch estava em conversações com a sociedade gestora de ativos Apollo Global Management, que por cá tem investimentos relevantes em vários despojos da grande crise financeira. O mais relevante foi o investimento na seguradora Tranquilidade, parte do antigo Banco Espírito Santo, entretanto reestruturada e já vendida. Mantém ainda investimentos em imobiliário e tentou comprar o Novo Banco.