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Decisão da Comissão de Segurança de exclusão da Huawei é “agressiva” e apressada, diz presidente da Vodafone Portugal

A forma e a rapidez proposta em Portugal para a retirada do equipamento chinês Huawei das redes de 5G, não “foi muito feliz" e é mais “agressiva” que a que está a ser aplicada em outros países, defende Luís Lopes. Gestor alerta para complexidade da questão e potenciais constrangimentos

Luís Lopes, presidente da Vodafone Portugal.
NUNO BOTELHO

A decisão da Comissão de Avaliação de Segurança sobre a exclusão do equipamento chinês Huawei nas redes de 5G, pela celeridade imposta comporta riscos para a operação, considera Luís Lopes, presidente da Vodafone Portugal, em entrevista ao Expresso. “A deliberação em Portugal foi das mais agressivas em termos de âmbito e de tempo [da aplicação da decisão]”. E nesse sentido “não foi muito feliz”, considera.

“Tínhamos a expectativa de que, existindo a necessidade de substituição do equipamento [que fosse considerado sensível em termos de segurança], tudo seria feito num prazo, com uma forma e um conteúdo com substância, e que não impactasse custos significativos para os operadores. Houve algumas características nesta decisão que transcenderam o esperado", lamentou. E prosseguiu: "É mais uma variável em que o sector tem de investir. A famosa deliberação da Comissão Europeia, o 5G Toolbox, tem como princípio dar tempo para que, dentro do ciclo de vida dos equipamentos, fosse feita uma substituição gradual”.