As ações do grupo Evergrande, o ‘problemático’ gigante do imobiliário chinês, derraparam 25% esta segunda-feira, depois da polícia ter detido, durante o fim de semana, alguns funcionários da sua unidade de gestão de património, sugerindo uma nova investigação que pode agravar os problemas da empresa imobiliária, escreve a “Reuters”.
A Evergrande, a imobiliária mais endividada do mundo (em junho a dívida superava os 300 mil milhões de euros), está no centro de uma crise no setor imobiliário da China, que tem visto uma série de incumprimentos desde o final de 2021, que abalaram os mercados globais e geraram receios de contágio. A negociação das ações da empresa foi suspensa por 17 meses, até 28 de agosto, altura em que se afundaram quase 80%.
A polícia chinesa anunciou, no sábado, a detenção de “vários” funcionários da filial financeira da empresa, a Evergrande Wealth Management, mas não especificou o número de empregados, nem as acusações contra eles.
“Recentemente, os órgãos de segurança pública tomaram medidas criminais compulsórias contra Du e outros suspeitos de crimes na Evergrande Financial Wealth Management Co”, lê-se na nota da polícia. Contudo, não se sabe se Du Liang, gerente geral e representante legal da divisão de gestão de património da Evergrande, foi um dos detidos.
Na nota a polícia de Shenzhen apelou ainda ao público para "denunciar" às autoridades quaisquer "casos" de suspeita de fraude, sem dar mais pormenores.