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Armando Pereira, o cofundador da Altice que partiu a salto para França aos 14 anos e se tornou multimilionário

É um ‘self made man’, nascido em Vieira do Minho, em 1955, que partiu aos 14 anos para França, a salto, e se tornou co-fundador da que é hoje dona da antiga Portugal Telecom e um dos maiores operadores de telecomunicações do mundo, a Altice, da qual já não é acionista

Armando Pereira, em 2017
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Foi em 2015, com Patrick Drahi, de quem era sócio na Altice, que Armando Pereira chegou ao topo daquela que já tinha sido a empresa mais poderosa do país: a Portugal Telecom, operadora histórica que acabou vendida depois de uma fusão falhada com a brasileira Oi, e o colapso do Grupo Espírito Santo. Foi Armando Pereira, com o apoio do antigo presidente da operação portuguesa Alexandre Fonseca, quem implementou a estratégia da Altice Portugal nos últimos anos, que passou muito pela alienação de ativos — vendeu as antenas, metade da rede de fibra ótica e muito do imobiliário da antiga PT - , e pela cobertura do país com fibra ótica, usando as empresas do universo dos acionistas portugueses e do grupo para o fazer.

Hoje, Armando Pereira já não está no conselho de administração da Altice Europa e há muito deixou de ser acionista da casa-mãe, controlada apenas por franco-israelita Patrick Dhrai, de quem afastou. O português chegou a ter cerca de 30% da Altice no início do século, quando se juntou a Drahi, e antes da operadora ter entrado para o mercado norte-americano e se ter agigantado na Europa, onde atualmente é também acionista da British Telecom.