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Líderes da TAP demitidos por “ação e omissão”, aponta deliberação de 12 páginas da Parpública e DGTF

Na TAP o Governo exonerou Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja “por ação” (porque assinaram o acordo para a saída de Alexandra Reis) e "por omissão" (porque não avisaram o Ministério das Finanças). É esta a deliberação que, afinal, foi tomada sem estar suportada por um “parecer jurídico adicional” além do relatório da Inspeção-Geral das Finanças

Nuno Fox

São 12 páginas de uma polémica deliberação que servem para justificar a decisão de afastamento de Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja da administração da TAP, mas que servem, igualmente, para proteger o Governo – mais propriamente o Ministério das Finanças – do seu não envolvimento no processo de rescisão de Alexandra Reis de gestora da companhia aérea, em fevereiro de 2022.

A deliberação unânime por escrito que serviu para despedir a presidente da comissão executiva e o presidente do conselho de administração da TAP, a que o Expresso teve acesso, acaba por esvaziar a importância do Ministério das Infraestruturas, que era liderado por Pedro Nuno Santos, dizendo que, no mínimo, era o ministro das Finanças, na altura João Leão, que devia ter sido informado do afastamento de Alexandra Reis.