A desigualdade tem muitas formas de se medir. As assimetrias salariais entre homens e mulheres não são exceção. Nos últimos anos, Portugal tem feito um caminho de convergência face à Europa no que diz respeito ao diferencial remuneratório entre géneros. Os últimos dados disponíveis mostram que em 2022 a diferença salarial entre homens e mulheres em Portugal era de 12,5% (a favor dos homens). Este número coloca o país 0,2 pontos percentuais (p.p.) abaixo da média da União Europeia (UE) e 0,7 p.p abaixo da média da zona euro. Mas há sempre várias formas de ler os números, e uma investigação do novo Observatório Género, Trabalho e Poder, do ISEG, revela que as assimetrias remuneratórias podem ser superiores e chegar a 18,4% se considerados fatores como idade, nível de escolaridade e antiguidade da relação laboral.
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Desigualdade salarial em Portugal deixa homens a ganhar mais 18% do que as mulheres
Nova análise sobre disparidades salariais do recém-criado Observatório Género, Trabalho e Poder conclui que assimetrias podem ser superiores se considerados fatores como idade, escolaridade e antiguidade da relação laboral