Entre janeiro e junho deste ano, 250 empresas avançaram com processos de despedimento coletivo. O número traduz um aumento de 32% face ao registado nos primeiros seis meses no ano passado e lança sinais de alerta à economia, não só porque há mais empresas a deitar mão a este mecanismo, mas pelo número de trabalhadores abrangidos, que é o mais alto desde a pandemia. Os dados divulgados pela Direção-geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) contabilizam um total de 2906 trabalhadores no país, que perderam o emprego na sequência de despedimentos coletivos, nos primeiros seis meses de 2024. O número representa já mais de 80% do total de trabalhadores despedidos em processos semelhantes em todo o ano passado, 3622. A indústria transformadora responde por 30% dos despedimentos coletivos iniciados no segundo trimestre do ano. Apesar da aparente resiliência do emprego nacional, os economistas admitem que é preciso estar atento à evolução dos dados.
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Despedimentos coletivos: número de trabalhadores abrangidos atinge o valor mais elevado desde a pandemia
Quase três mil trabalhadores foram abrangidos por despedimentos coletivos nos primeiros seis meses do ano.