Há várias formas de ler os números e uma delas está a gerar grande apreensão entre os sindicatos. Em junho deste ano, 420 empresas recorreram ao mecanismo de lay-off, previsto no Código do Trabalho para proteger empregos em risco, quando as empresas enfrentam uma situação de crise empresarial. O mecanismo abrangeu um total de 7219 trabalhadores, que viram os seus contratos suspensos ou o horário de trabalho reduzido. Os dados da Síntese Estatística da Segurança Social e do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (GEP/MTSSS) traduzem uma ligeira melhoria face ao mês de maio, mas representam um aumento expressivo de 42,3% no número de empresas que recorreram ao lay-off e de 63% no de trabalhadores abrangidos, face a junho de 2023. Os sindicatos estão preocupados, temem “facilitismo” no acesso ao mecanismo. Já os economistas falam em “questões conjunturais”.
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Número de trabalhadores em lay-off aumenta 63%
Recurso das empresas ao regime de lay-off está muito acima de 2023. Sindicatos têm lançado alertas sobre um eventual uso abusivo do mecanismo por parte das empresas. Autoridade para as Condições de Trabalho garante estar atenta