O lema “o Facebook é gratuito e sempre será”, que recebia os utilizadores da rede social mais popular do mundo na sua página inicial na década de 2010, já desapareceu há alguns anos, talvez a antecipar uma mudança futura. Agora, pelo menos na Europa, essa garantia antiga parece estar prestes a ser definitivamente invalidada.
A Meta, dona das redes sociais Facebook e Instagram, planeia cobrar pelo menos 10 euros mensais aos utilizadores europeus pela versão sem anúncios, avança esta terça-feira, 3 de outubro, o Wall Street Journal.
Isto porque a Comissão Europeia aprovou regras que visam evitar que os utilizadores sejam alvo de anúncios direcionados - isto é, escolhidos com base nas escolhas de navegação - sem consentimento explícito, naquela que quer ser uma medida de proteção da privacidade de quem usa estas redes sociais.
Segundo o Wall Street Journal, isto poderá afetar muito a geração de receitas pela Meta, em grande parte dependente da venda de anúncios direcionados.
O jornal avança que, segundo a proposta da Meta a Bruxelas, a assinatura poderá rondar os 10 euros para uma conta no Facebook ou no Instagram, e mais 6 euros por cada conta adicional. Significa isto que, para usar o Facebook e o Instagram sem anúncios no computador pessoal, um utilizador poderá vir a ter de pagar 16 euros mensais no total.
Nas versões para telemóvel, o preço mensal da assinatura sem anúncios de uma rede poderá subir para 13 euros de forma a incorporar as comissões cobradas pelas lojas de aplicações como o Google Play ou a App Store.
A Meta foi recentemente multada em 1,3 mil milhões de euros pelos reguladores europeus por alegadamente ter transferido dados de utilizadores dos 27 para servidores nos EUA.