Imobiliário

Avaliação bancária das casas sobe 6,6% em junho para um novo recorde

O valor mediano de avaliação bancária na habitação atingiu os 1.618 euros por metro quadrado (m2) em junho, um novo recorde. Desde dezembro de 2023 que este indicador, realizado no âmbito de pedido de créditos para a aquisição de habitação, tem registado subidas mensais consecutivas

José Fernandes

O valor mediano de avaliação bancária na habitação subiu oito euros (0,5%) em junho face a maio e 100 euros (6,6%) em termos homólogos, para 1.618 euros por metro quadrado (m2), anunciou esta sexta-feira Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de um novo recorde.

Em junho, foram realizadas 31.720 avaliações, mais 37,8% que um ano antes, mas menos 1.061 (3,2%) que em maio.

Desde dezembro de 2023 que este indicador, realizado no âmbito de pedidos de créditos para a aquisição de habitação, tem registado subidas mensais consecutivas.

Em termos homólogos, todas as regiões registaram subidas do valor mediano da avaliação bancária destacando-se o crescimento na Região Autónoma da Madeira, de 17,9%.

A região da Grande Lisboa manteve-se como aquela com o valor mais alto da avaliação bancária (2.387 euros/m2), subindo 5,1% face ao mesmo mês do ano passado e 40 euros em relação a maio.

Em sentido inverso, o Alentejo registou a avaliação mediana mais baixa por metro quadrado, de 1.095 euros (menos dois euros em relação a maio, mas mais 8,9% em termos homólogos).

As 20.078 avaliações bancárias feitas a apartamentos em junho resultaram num valor mediano de avaliação bancária de 1.796 euros/m2, num aumento de 6,1% em termos homólogos.

Neste tipo de habitação, os valores mais elevados foram registados na Grande Lisboa (2.387 euros/m2) e no Algarve (2.186 euros/m2), contra o valor mais baixo de 1.216 euros/m2 do Alentejo.

Já as 11.642 avaliações a moradias traduziram-se num valor mediano de 1.796 euros/m2, num aumento 6,1% face a um ano antes e de 16 euros em relação a maio.

Numa análise por regiões NUTS III, em junho de 2024 a Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país em 47,7%, 35,7%, 16,6%, 14,3% e 10,8%, respetivamente.

Pelo contrário, Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela e Alto Tâmega e Barroso foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-49,8%, -47,7% e -45,5% respetivamente).