O valor mediano da renda dos novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu os 7,46 euros por metro quadrado (m2) nos primeiros três meses do ano, menos 3,2% que no último trimestre de 2023 (7,71 euros), segundo mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quinta-feira.
Apesar da queda em cadeia, em comparação com o primeiro trimestre de 2023, o valor subiu 10,5%. Ainda assim, a variação homóloga é inferior à observada no trimestre anterior (11,6%).
O número dos novos contratos subiu, a nível homólogo, 0,9%, para cerca de 25,4 mil, mas diminuiu em 13 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, evidenciando-se o Funchal (-11,5%), Oeiras (-11,4%), Seixal (-10,9%), Guimarães (-10,6%) e Sintra (-10%).
Por regiões, face ao final de 2023, "a renda mediana diminuiu em 15 das 26 sub-regiões NUTS III, tendo a Região Autónoma da Madeira registado o maior decréscimo (-12,6%)”, para 8,13 euros por m2, mas o INE também destaca os recuos sentidos na Área Metropolitana do Porto (-6,1%, para 8,11 euros), na Península de Setúbal (-3,7%, para 9,29 euros) e na Grande Lisboa (-3,3%, para 12,12). Por outro lado, o maior aumento da renda mediana ocorreu na sub-região Alto Alentejo (11,6%, para 4,13 euros).
A nível homólogo, a renda mediana aumentou em todas as sub-regiões.
Analisando os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (para os quais o INE apenas tem disponível a variação homóloga do valor das rendas), é Guimarães aquele que mais se destaca, com uma subida de 19,5%. Por sua vez, Lisboa apresentou a maior renda mediana (15,25 euros por m2), mas com um aumento de ‘apenas’ 4,9%.