Em janeiro, o mercado de escritórios em Lisboa e no Porto teve ritmos diferentes. Na capital o primeiro mês do ano foi um mês de “recuperação”, enquanto na “Invicta”, janeiro foi “um mês brando”, nota a consultora JLL, em comunicado divulgado esta quinta-feira.
Segundo a consultora, em Lisboa foram ocupados 6800 metros quadrados (m2) de escritórios em janeiro, mais 73% que no mesmo mês do ano passado. Trata-se de novos arrendamentos que passaram pela carteira das principais agências.
Do total de m2 ocupados, “72% estão concentrados em três negócios que envolvem a tomada de áreas superiores a 1000 m2”. No total, estas três operações somam 4800 m2, a maior das quais ascende a cerca de 2400 m2.
Segundo a consultora, ao todo “foram concretizadas 12 operações em Lisboa, sendo o total da área tomada para ocupação imediata”. O Prime CBD (a zona da Avenida da Liberdade e Saldanha) foi a zona mais dinâmica, com uma quota de 45% do mercado.
Sofia Tavares, responsável do departamento de escritórios da JLL, nota que o volume é ainda “pouco robusto face aos registos mensais nos anos mais fortes do mercado”, mas o crescimento “é indicador de uma retoma importante da atividade”.
“A melhoria das expetativas relativas à inflação e às taxas de juro faz-nos acreditar que a procura que adiou as suas decisões devido à incerteza macroeconómica, voltará ao mercado mais ativamente. Além disso, começam a surgir também mais espaços adequados aos novos requisitos das empresas em termos de adaptação aos modelos de trabalho, sustentabilidade e modernidade. Isso vai também reativar procura que não estava a encontrar resposta para as suas necessidades”, indica a responsável, citada na nota.
No Porto o mercado não está tão animado. De acordo com a JLL, em janeiro, com quatro transações, foram ocupados 1300 m2 no Porto, menos 59% que em janeiro de 2023. A ocupação ocorreu maioritariamente na zona da Boavista.