O preço das casas recuou 2,1% na zona euro e 1% na União Europeia (UE) no terceiro trimestre de 2023, face ao período homólogo, divulga esta quarta-feira o Eurostat.
De acordo com o serviço de estatísticas da UE, face ao trimestre anterior, o preço das habitações aumentou 0,3% nos 20 países da área do euro e 0,8% no conjunto dos 27 Estados-membros.
Na variação homóloga, dez Estados-membros registaram um recuo no indicador, um grupo encabeçado pelo Luxemburgo (-13,6%), seguido pela Alemanha (-10,2%) e a Finlândia (-7,0%), tendo as principais subidas sido observadas na Croácia (10,9%), Polónia (9,3%) e Bulgária (9,2%).
Comparando com o segundo trimestre de 2023, os preços das casas recuaram em sete dos 27 Estados-membros, com o Luxemburgo (-6,3%), a Finlândia (-2,7%) e a Alemanha (-1,4%) à cabeça.
As maiores subidas em cadeia, por seu lado, registaram-se na Polónia (4,5%), na Roménia (3,4%) e na Dinamarca (3,1%).
Em Portugal, o aumento dos preços das habitações abrandou para 7,8% na comparação homóloga e 1,8% em cadeia.
Portugal tem oitava maior subida desde 2010
O Eurostat analisa também os dados desde 2010, e, na UE, os preços das casas aumentaram 48% e as rendas 22%. Ao comparar o terceiro trimestre de 2023 com 2010, os preços das casas aumentaram mais do que as rendas em 18 dos 27 países da UE.
Durante este período, os preços da habitação mais do que triplicaram na Estónia (210%) e mais do que duplicaram na Hungria (185%), Lituânia (158%), Letónia (141%), Áustria (123%), Chéquia (122%) e Luxemburgo (107%).
Segue-se Portugal, com uma subida de cerca de 94%.
Foram observadas diminuições na Grécia (-14%, contundo os dados da Grécia são referentes a todo o ano de 2022 e não ao trimestre em análise de 2023), Itália (-8%) e Chipre (-2%).
As rendas aumentaram em 26 países da UE, com os maiores aumentos na Estónia (218%), Lituânia (170%) e Irlanda (100%). A única diminuição dos preços das rendas foi registada na Grécia (-20%).