As rendas das casas em Portugal aumentaram 11% no segundo trimestre do ano, em termos homólogos, para 7,27 euros por metro quadrado (m2), mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quinta-feira.

O crescimento representa uma aceleração face aos 9,6% de crescimento homólogo registados nos primeiros três meses do ano.

O valor do m2 cresceu, mas o número de novos contratos de arrendamento caiu 1,2% em relação ao segundo trimestre de 2022.

Segundo o gabinete estatístico, no último trimestre do ano passado “a renda mediana aumentou em todas as sub-regiões NUTS III”, sendo que as mais elevadas encontravam-se na Área Metropolitana de Lisboa (11,03 euros por m2), Algarve (8,35 euros), Madeira (8,04 euros) e na Área Metropolitana do Porto (7,87 euros).

Rendas em Lisboa e Oeiras subiram mais de 20% num ano

Relativamente aos 24 municípios portugueses com mais de 100 mil habitantes, também estes registaram, todos, um aumento homólogo da renda mediana. Entre estes concelhos, o INE destaca Lisboa e Oeiras, ambos com subidas acima dos 20%, para 15,23 e 13,22 euros por m2, respetivamente.

O INE indica ainda que, no primeiro semestre do ano, “o padrão territorial das rendas por m2 de novos contratos de arrendamento por município destacava, com valores superiores ao do país, a Área Metropolitana de Lisboa (todos os municípios), o Algarve (10 em 14 com informação disponível) e a Área Metropolitana do Porto (4 em 17)”.

Olhando especificamente para Lisboa, no semestre em análise, 10 das 24 freguesias registaram valores medianos de novos contratos de arrendamento de habitação iguais ou superiores aos do município (14,11 euros por m2), sendo que o valor mais alto foi registado na freguesia de Santo António (18,23 euros por m2).