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Oito anos de promessas falhadas do PS na habitação

As principais bandeiras do Governo para o sector da habitação ainda estão longe do anunciado, desde que o primeiro Executivo de António Costa chegou ao poder

Vítor Andrade

As promessas dos vários Executivos socialistas para a habitação sucederam-se em catadupa ao longo de quase oito anos de governação, muitas vezes de forma “errática” e ainda sem grandes resultados práticos, segundo os analistas do sector. Pelo meio, uma pandemia, uma guerra e uma crise inflacionista que elevou os custos de construção. Para trás, ficam décadas de desinvestimento público na habitação.

A primeira promessa de vulto é feita por António Costa, ainda em 2015, reforçada logo no início de 2016, ao anunciar o investimento de €1,4 mil milhões de investimento em 7500 casas, para habitação acessível, com uma forte aposta na reabilitação do património público. O veículo era o recém-criado Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE), gerido pela Fundiestamo, que mobilizava verbas da Segurança Social. Até ao momento, segundo o gabinete da ministra da Habitação, Marina Gonçalves, não há qualquer casa para arrendamento acessível construída, estando o FNRE a desenvolver “essencialmente dois grandes projetos”.