O Banco Central Europeu (BCE) poderá estar a agravar involuntariamente a pobreza na Europa e a aumentar as desigualdades no mercado de trabalho, ao orientar a sua política monetária com base na inflação geral e não na inflação discricionária, focada nos gastos que os consumidores podem adiar, como restauração, viagens, bens de luxo ou produtos eletrónicos, que representam 44% de tudo o que os europeus consomem.
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E se o BCE estiver a agravar pobreza? Economista acusa a instituição de usar a inflação de forma errada
Estudo apresentado em Sintra por Paolo Surico, professor da London Business School, defende que o BCE deve prestar especial atenção à inflação dos bens cuja compra pode ser adiada, em vez de olhar apenas para a inflação geral