O regresso de Donald Trump à Casa Branca provocou o inesperado nos mercados financeiros. Depois da euforia imediata após a vitória eleitoral a 5 de novembro do ano passado, com ganhos acima de 5%, as bolsas de Nova Iorque entraram em ziguezague e consolidaram-se nas últimas cinco semanas em terreno negativo. Desde o início do ano, as praças da União Europeia dispararam globalmente 16% enquanto, em Nova Iorque, o índice S&P 500 caiu quase 2% e o Nasdaq (das empresas tecnológicas) afundou-se perto de 6%. Até Lisboa registou ganhos de 7%.
Entre os dois lados do Atlântico Norte o ‘normal’ tem sido as bolsas norte-americanas baterem as europeias por muitos pontos percentuais. O mundo das bolsas está de pernas para o ar. No ano passado, por exemplo, os índices europeus perderam 1,5%, enquanto Nova Iorque averbou um ganho assinalável de mais de 23%. Desde 1985 que não havia a favor da Europa uma diferença tão grande, de quase vinte pontos percentuais, entre os dois desempenhos.