A SIC, detida pelo grupo Impresa (dono do Expresso), concluiu a emissão de dívida sustentável no valor de 48 milhões de euros esta segunda-feira, com 4.315 investidores a irem ao mercado comprar ou trocar títulos da empresa. De acordo com o comunicado, a procura excedeu a oferta em 1,13 vezes.
A empresa informa que 34,1 milhões de euros referem-se à subscrição de títulos das Obrigações SIC 2024-2028 e os restantes 13,9 milhões são relativos a operações de troca de obrigações feitas por investidores que tinham comprado títulos da emissão anterior, denominada Obrigações SIC 2021-2025.
Do número total de investidores, 1.116 investidores compraram ou trocaram mais de 10.020 euros em títulos desta estação televisiva. A taxa de juro paga pela operação foi de 5,95% sujeita ao regime fiscal em vigor, mas os impostos que o Estado cobra e as comissões praticadas pelos bancos chegam a “comer” quase 90% dos juros brutos destes títulos caso tenha optado pelo investimento mínimo de 1.500 euros, o equivalente a 50 títulos.
No passado dia 26 de junho, a SIC anunciou um aumento do valor da emissão de dívida para 48 milhões de euros, face aos 30 milhões inicialmente previstos. A estação acabou por emitir 1,6 milhões de obrigações (mais 600 mil do que o anunciado antes).
O período de subscrição arrancou no dia 17 de junho e terminou no dia 28 de junho. As obrigações serão emitidas no dia 3 de julho e o reembolso será feito no dia 3 de julho de 2028.
Esta operação é uma emissão de dívida verde, ou seja, com propósitos de sustentabilidade. No prospeto da emissão, a SIC explica que se comprometeu a melhorar dois indicadores chave de desempenho operacional.
O primeiro corresponde ao número de horas anuais de conteúdos com língua gestual portuguesa disponibilizados na emissão em direto na televisão e no streaming. O segundo diz respeito ao objetivo de reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa tendo em vista alcançar as metas de desempenho de sustentabilidade até 31 de dezembro de 2027.