A ameaça inflacionista voltou. A ureia, que é o fertilizante mais utilizado na agricultura mundial, registou em janeiro um disparo de 22% na cotação, as batatas encareceram 20% e o barril de petróleo russo dos Urais ultrapassou a linha vermelha dos 60 dólares, fechando em 73,39 dólares, uma subida de 23%, a mais elevada no primeiro mês do ano entre as commodities seguidas pelo portal TradingEconomics.
Depois de um ano de quebra em 2023, com o índice global CRB (FTSE/CoreCommodity CRB Index), que abrange as 19 principais matérias-primas, a perder 5%, a trajetória inverteu-se em janeiro. O CRB subiu 3,3%, com seis commodities a registarem uma subida dos preços acima de 15%, nomeadamente o crude russo dos Urais, a ureia, a batata, o açúcar, o urânio e o cacau. Em termos de grandes sectores, o índice Rogers para a energia avançou 5%, enquanto o índice para o sector agrícola subiu apenas 0,7% e o relativo aos metais registou uma quebra de 1,8%.