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Bolsas registaram maior queda do ano em setembro, mas petróleo e gás fecharam o mês em alta

O índice global para o mercado de ações caiu 4,5% em setembro, a maior queda mensal do ano. O preço do Brent subiu quase 9% e o do gás natural na Europa disparou novamente mais de 20%. Os ‘culpados’ foram a incerteza sobre a política monetária do BCE até final do ano, o risco de paralisação da administração federal nos Estados Unidos e a pressão do cartel da OPEP+ no mercado petrolífero

BRENDAN MCDERMID/Reuters

Setembro foi vermelho para os mercados de ações. O índice mundial MSCI caiu 4,5%, a maior queda deste ano até agora. É a segunda quebra mensal consecutiva. Em agosto, o índice tinha recuado 3% e a capitalização mundial havia perdido 1,9 biliões de dólares (1,8 biliões de euros), segundo as contas da The World Federation of Exchanges, a federação das bolsas de ações de todo o mundo. Em setembro, as praças mais afetadas foram as da zona euro, América Latina e Nova Iorque, onde estão localizadas as duas maiores bolsas do mundo.

As bolsas de Atenas e Dublin foram as mais castigadas no espaço do euro, com quebras de dois dígitos nos índices MSCI respetivos, e o Nasdaq, a bolsa das tecnológicas em Nova Iorque, caiu quase 6%, o pior mês do ano. Na América Latina, o índice Merval, em Buenos Aires, afundou-se 13,5%. Em Lisboa, o índice PSI perdeu 1,4%, muito abaixo da queda média da zona euro (-7,5%), mas inverteu os ganhos muito ligeiros (0,6%) que tinha registado no mês anterior.