Depois de um exercício em que as vendas da Sonae aumentaram 9,2% e o EBITDA cresceu “um bocadinho menos”, ou 7,2%, para 990 milhões de euros porque “quase todos os custos aumentaram muito”, Cláudia Azevedo admite “alguma pressão na rentabilidade”.

“O aumento de custos não nos favorece. Não é um acréscimo de lucros”, referiu Cláudia Azevedo, atribuindo a subida dos preços a “muitas coisas”, o que inclui questões como a guerra, a seca, doenças em alguns alimentos, sem esquecer referências a fatores.

A descida da margem

“Fazemos um esforço enorme para termos poupanças, mas as coisas chegam-nos mais caras – e o custo da mão-de-obra também aumentou muito. Mas em 2024 há uma tendência para os preços baixarem e isso ajuda sempre”, precisou Cláudia Azevedo.

“Este é um mercado altamente competitivo, em que tentamos oferecer o melhor preço aos consumidores. Se não fosse assim, não conseguiríamos ter a posição de mercado que temos", acrescentou.

Ainda sobre preços e lucros, João Dolores, administrador financeiro da Sonae, aproveitou para referir que, em 2023, “o aumento de preços para os clientes finais foi menos de metade do aumento de preços que chegou via produção. Houve um esforço muito grande de contenção de preços da nossa parte, tanto assim é que tivemos uma quebra de rentabilidade no retalho alimentar durante o ano”.

E deu conta dessa descida em números: A margem líquida do retalho alimentar em 2021 era de 3%, em 2022 caiu para 2,7% e, no ano passado, “teve uma contração ligeira”, para os 2,6%.

“Temos projetos para reduzir os preços todos os dias”, concluiu.