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Negócios imobiliários: "Há muito mais permutas de casas por obras de arte do que por criptomoedas"

Há muitos imóveis à venda em criptoativos, mas, na hora do pagamento, há conversão para euros. Trocam-se mais casas por obras de arte do que por criptomoedas, garante Paulo Caiado

Num panorama de baixas taxas de juro, a a criptomoeda bitcoin assume-se com um investimento alternativo.
DADO RUVIC

Portugal tem sido apresentado como um dos países do mundo onde há mais negócios imobiliários disponíveis em criptoativos. Estudos como o da plataforma de compra e venda de moedas ForexSuggest colocam Portugal no 3.º lugar da lista de países com mais propriedades disponíveis para aquisições com “cripto”, superado apenas por Espanha e Tailândia, nos 1.º e 2.º lugares, respetivamente. Páginas especializadas como a Crypto Real Estate - na qual o estudo se baseou - e a portuguesa Cryptohouses sugerem que há um filão a explorar junto deste novo tipo de comprador.

Contudo, até agora, a montanha parece ter parido um rato: “O tema da relevância do universo de criptoativos é muito significativo e transformador de uma série de sistemas. Agora no que toca a associar esse tema ao imobiliário eu diria o seguinte: a minha opinião é que roça o ridículo. Há muito mais permutas de casas por obras de arte em Portugal do que por criptomoedas”, diz ao Expresso Paulo Caiado, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).