No último ano, o crescimento da indústria dos criptoativos foi vítima de uma travagem a fundo - e que travagem. A mudança do contexto económico, com taxas de juro em subida acelerada, drenou a liquidez deste mercado e provocou falências de instituições relevantes no setor, como a criptofinanceira Celsius e a plataforma de compra e venda de criptoativos FTX. O ano de 2023 também não começou da melhor forma para as empresas que operam nesta área, com um dos grandes mercados “cripto”, os EUA, a bombardearem incumbentes como a Binance e a Coinbase com processos, investigações, e multas. Nenhum destes porta-aviões foi ao fundo, mas adivinha-se que esta batalha “cripto” seja prolongada.
No meio desta turbulência, há uma empresa com ADN português que parece estar a ser uma beneficiária líquida desta confusão: a Anchorage, empresa de custódia de criptoativos fundada por Diogo Mónica e pelo norte-americano Nathan McCauley, viu o montante total de ativos sob custódia aumentar 80% de janeiro a março deste ano em relação ao trimestre imediatamente anterior, segundo números avançados à Bloomberg. Perto de duplicar, portanto, num par de meses.