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Melhor grande seguradora Não Vida - Axa Portugal

Contrariar a queda dos preçosA concorrência com base no preço tem dominado o mercado segurador Não Vida. A Axa quer combater esta tendência com a aposta no nível de serviço prestado e na inovação
A crise financeira não foi o único factor negativo a marcar 2008, para as companhias seguradoras Não Vida. Nos últimos anos a concorrência aumentou em força e o principal factor de competitividade foi, claramente, o preço. "A agressividade comercial conduziu a um esmagamento dos preços", salienta João Leandro, presidente da Axa Portugal - Companhia de Seguros. Em especial nos ramos automóvel e acidentes de trabalho. No primeiro caso a redução, nos últimos cinco anos, situou-se entre 20% e 25%. No segundo, foi inferior, mas, mesmo assim, atingiu os dois dígitos. A Axa Portugal "também teve de seguir um pouco esta linha de actuação", reconhece João Leandro. Sinal disso, o valor total dos prémios emitidos pela companhia recuou 4,3% em 2008 face a 2007, apesar de "termos aumentado da nossa base de clientes, num ano onde o sector registou fortes taxas de anulação", frisa. Nos últimos dois anos o incremento foi de 40 mil, totalizando 780 mil clientes. "Para os conquistar teve de haver algum sacrifício no preço", aponta João Leandro. "A forte competitividade que se fez sentir no sector, com o aparecimento de novos protagonistas no mercado, através das companhias denominadas directas, o fraco crescimento da economia portuguesa, que leva à estagnação da massa segurável Não Vida, e uma correcção natural na sequência dos bons resultados de sinistralidade entre 2005 e 2007 fizeram com que se verificasse uma forte pressão sobre o preço", sistematiza João Leandro.

Mudança de paradigma

"O mercado tem obrigatoriamente de contrariar esta tendência", defende João Leandro, considerando que será necessário subir os preços nos ramos mais penalizados já em 2010, para manter a saúde do negócio. Até porque em 2008 a sinistralidade voltou a subir de forma ligeira, tendência que se voltou a acentuar em 2009. É necessária uma mudança de paradigma: "O principal factor de competitividade e diferenciação no mercado deve ser determinado pelo nível de serviço prestado e pela inovação alcançada", argumenta o gestor. Áreas onde a Axa está muito confiante. "Os indicadores que medem a satisfação dos nossos clientes mostram que estamos no caminho correcto para ganharmos estes desafios." A proximidade aos clientes foi, aliás, o pilar da actuação da companhia na sequência da crise financeira. "O posicionamento geral do grupo assentou numa grande disponibilidade para o diálogo com clientes e agentes, assegurando que nada tinham a temer, em especial na área Não Vida, até porque tudo estava sob controlo na companhia", frisa João Leandro.

Saúde em franco crescimento

Apesar da situação complicada nos ramos automóvel e acidentes de trabalho, há outros na área Não Vida que estão em franco crescimento e de forma sustentada. O grande destaque são os seguros de saúde. "Nos últimos dez anos, o crescimento do mercado Não Vida só é positivo devido ao ramo saúde", enfatiza João Leandro. (...)

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