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Na dívida, FMI e Medina estão alinhados: Portugal sai do clube dos mais endividados em 2023

Portugal sai em 2023 do ‘clube’ das cinco economias com o rácio de endividamento mais elevado da zona euro, confirma o Fiscal Monitor, o relatório sobre política orçamental divulgado por Vítor Gaspar esta quarta-feira em Washington DC. Mas é mais pessimista do que Fernando Medina sobre a redução do défice em 2023

MANUEL DE ALMEIDA

O rácio de endividamento público português deverá cair para 111,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, já abaixo dos de Espanha e França, retirando Portugal do terceiro lugar do ‘clube’ dos cinco mais endividados da zona euro, confirma o Fiscal Monitor, o relatório sobre política orçamental do Fundo Monetário Internacional (FMI). Portugal desce para 4º lugar, depois da Grécia (169,8%), Itália (147,1%), França (112,5%) e Espanha (112,1%)

Onde a previsão do Fundo é francamente mais pessimista é quanto à evolução do défice orçamental em 2023. Medina avançou com um défice de 0,9% do PIB, mas o FMI prevê um saldo negativo das contas públicas de 1,4%. É meio ponto percentual de diferença.

As previsões para a dívida e o défice públicos portugueses foram esta quarta-feira apresentadas em Washington DC por Vítor Gaspar, o diretor do departamento responsável pelo Fiscal Monitor e ex-ministro das Finanças dos tempos da troika.

Apesar da diferença nas previsões, o défice português está distante dos défices excessivos acima de 3% na zona euro e, em termos gerais, a estratégia de consolidação está conforme às recomendações do Fiscal Monitor.