O rácio de endividamento público português deverá cair para 111,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, já abaixo dos de Espanha e França, retirando Portugal do terceiro lugar do ‘clube’ dos cinco mais endividados da zona euro, confirma o Fiscal Monitor, o relatório sobre política orçamental do Fundo Monetário Internacional (FMI). Portugal desce para 4º lugar, depois da Grécia (169,8%), Itália (147,1%), França (112,5%) e Espanha (112,1%)
Onde a previsão do Fundo é francamente mais pessimista é quanto à evolução do défice orçamental em 2023. Medina avançou com um défice de 0,9% do PIB, mas o FMI prevê um saldo negativo das contas públicas de 1,4%. É meio ponto percentual de diferença.
As previsões para a dívida e o défice públicos portugueses foram esta quarta-feira apresentadas em Washington DC por Vítor Gaspar, o diretor do departamento responsável pelo Fiscal Monitor e ex-ministro das Finanças dos tempos da troika.
Apesar da diferença nas previsões, o défice português está distante dos défices excessivos acima de 3% na zona euro e, em termos gerais, a estratégia de consolidação está conforme às recomendações do Fiscal Monitor.