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Reserva Federal dos EUA não revela quando vai começar a reduzir estímulos

O banco central norte-americano não mexeu na política monetária na reunião terminada esta quarta-feira. A Fed mantém a estratégia de estimular uma situação de pleno emprego e uma inflação estabilizada na meta de 2%

Fairfax Media / Getty Images

A Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, manteve esta quarta-feira o quadro de estímulos monetários para enfrentar a pandemia da covid-19, segundo o comunicado oficial publicado após uma reunião de dois dias. A taxa diretora mantém-se no mínimo entre 0% e 0,25% e o volume mensal de compra de ativos em 120 mil milhões de dólares (€100 mil milhões).

A Fed reafirmou a estratégia de não reduzir os estímulos enquanto a conjuntura não se aproximar do pleno emprego e a inflação não se mantiver "moderadamente" acima da meta de 2% "durante algum tempo".

A decisão tomada por unanimidade reconhece que "a atividade económica e o emprego se fortaleceram".

Em março a taxa de desemprego estava ainda em 6,6% - quase dois pontos percentuais acima da taxa registada antes do início da pandemia em março do ano passado -, mas a inflação já havia subido para 2,6% (depois de ter iniciado o ano em 1,4%) e a economia dá sinais de sobreaquecimento. A Fed considera, no entanto, que a subida da inflação acima da meta "reflete fatores transitórios".

Só na quinta-feira será publicada a estimativa de crescimento da economia norte-americana no primeiro trimestre deste ano, mas as previsões apontam para 7% (crescimento em cadeia, em relação ao trimestre anterior) - enquanto na zona euro se espera uma quebra (estimativa que será publicada na sexta-feira pelo Eurostat).

Entretanto, a subida dos juros da dívida foi travada no final de março, depois de um pico da taxa dos títulos a 10 anos em quase 1,8%. Esta quarta-feira, os juros, nesse prazo longo, abriram em 1,6%.