A PlaysStation 5 (PS5) estreia esta quinta-feira com um lançamento faseado na Austrália, Canadá, Coreia do Sul, EUA, Japão e México. A 19 de novembro, a quinta geração da consola de videojogos doméstica mais vendida em todo o mundo chega ao resto do mundo. Além de novos comandos e da aposta na ultra alta resolução (4K), a PlayStation 5 distingue-se pelo lançamento de duas versões: uma com unidade de leitura de discos; e uma segunda apelidada de “digital” que não dispõe de unidade de leitura e descarrega jogos e conteúdos pela Internet. A primeira tem um preço de 499,99 euros, enquanto a versão digital tem um preço de 399,99 euros.
"A PS5 representa um verdadeiro salto geracional, e os jogos de que vamos desfrutar nos próximos anos vão transformar seguramente os videojogos para sempre. Só por si, a (unidade de armanzemaneto de dados) SSD de ultra alta-velocidade vai revolucionar a forma como os jogos são desenvolvidos e jogados, isto para não falar na crescente fidelidade e desempenho que muitos jogos da PS5 oferecem. E há ainda, claro, o comando sem fios DualSense”, refere Jim Ryan, diretor executivo da Sony Interactive Entertainment, no blogue da companhia japonesa.
Ainda antes de chegar ao mercado, a PlayStation 5 já tem uma missão exigente: superar ou, pelo menos, igualar os 133 milhões de unidades vendidas da antecessora PlayStation 4 entre 2013 e a atualidade.
Mas não é esse o único desafio que figura no roteiro da Sony: a PS5 chega às lojas três dias depois de ser lançada a nova versão da Xbox, que também optou por lançar uma versão com leitor de discos (Series X) e uma versão “digital”, sem leitor de discos (Series S). A Nintendo, que se intrometeu neste duelo, superando mesmo a Xbox em vendas anuais, deverá seguir um calendário próprio para o lançamento da segunda geração da Switch, que alguns rumores apontam para 2021.
Nas novidades da PlayStation 5, o comando Dual Sense destaca-se pela renovação do sistema de retorno (feedback) tátil, que transmite as vibrações associadas a diferentes ações que estão a decorrer nos jogos. Os botões L2 e R2, que se encontram na face dianteira do comando, vão permitir usar diferentes intensidades. Ergonomia e bateria também terão beneficiado de melhorias.
Com a exceção do leitor de discos, a versão “standard” e a versão digital têm especificações similares: a PS5 distingue-se por dispor de um processador Ryzen Zen 8 Cores, da AMD, que opera a 3,5 GHz, e uma placa gráfica que executa 10,3 mil milhões de instruções por segundo. A nova geração de consolas da Sony está preparada para reproduzir imagens de 4K, com uma taxa de atualização auspiciosa de 120 MHz. Dispõe de uma unidade de armazenamento de dados de 825 GB, que pode receber “acrescentos” para quem quiser investir em unidade externas. A memória RAM está fixada em 16 GB.
Ao longo dos anos, a Sony sempre conseguiu capitalizar a comunidade de fãs e consumidores. Essa vertente comercial é especialmente importante num tempo em que os jogos com diferentes jogadores conectados pela Internet tende a tornar-se indispensável.
Mas há mais dois fatores em que a comunidade se tem revelado um trunfo para a Sony: o facto de ter maior base instalada a nível mundial pode influenciar a escolha dos consumidores que sabem que há maior probabilidade de trocar, comprar ou emprestar jogos usados que são compatíveis, e além disso tende a captar a prioridade das maiores produtoras de videojogos – ainda que, entre os meios especializados, há quem note que este lançamento surge sem grande aparato no que toca ao lançamento de títulos exclusivos.
Os próximos meses dirão em que barricada vão posicionar-se os maiores estúdios. A questão não será muito diferente daquela que já paira na mente de milhões de pessoas ao dia de hoje: PlayStation ou Xbox?