A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) considera que “o Governo e as forças políticas não podem continuar a ignorar” a situação que está a afetar os lojistas dos centros comerciais em Portugal, devido aos impactos da pandemia de Covid-19. E pede que se avance com legislação “com vista a assegurar uma justa repartição de sacríficios entre os proprietários e os lojistas”.
A associação, liderada por Miguel Pina Martins, fundador da empresa de brinquedos educativos e científicos Science4you, reagiu desta forma à decisão do governo de avançar com novas medidas de restrição para a região de Lisboa onde está concentrada a maior parte dos novos casos de contágio por Covid-19. Uma decisão que "vem reforçar o momento de incerteza que se vive", afirma.
O governo fez saber que todos os estabelecimentos da Área Metropolitana de Lisboa terão de fechar às 20h, exceto os restaurantes que servirem refeições ao jantar. Já os centros comerciais serão alvo de uma maior fiscalização ao nível do controlo do número de entradas e também a nível da circulação. Medidas que entrarão em vigor a partir da meia-noite.
"A AMRR tem afirmado sempre que não coloca em causa as decisões relativas à saúde pública. Os lojistas, com todas as dificuldades que enfrentam, têm sido parceiros desde o primeiro momento, começando por investimentos elevados montantes para a assegurar que os seus espaços são seguros. Esta decisão vem, contudo, reforçar o momento de incerteza que se vive, juntando ainda os meses de encerramento às últimas três semanas com quebras de vendas na ordem dos 40%”, afirma Miguel Pina Martins, num comunicado enviado pela AMRR esta segunda-feira à tarde.
Lojistas dos centros comerciais e as novas medidas de restrição em Lisboa: “Governo não pode continuar a ignorar esta situação”
Associação de Marcas de Retalho e Restauração volta a pedir que haja uma “ justa repartição de sacríficios" entre os proprietários dos centros comerciais e os lojistas