Uma "redução acentuada". É assim que o Banco de Portugal classifica a evolução do seu indicador coincidente mensal para a atividade económica no mês de abril, com os efeitos da pandemia de Covid-19 a sentirem-se em pleno em Portugal.
Os dados relativos a este indicador (que procura antecipar a tendência de evolução do PIB), publicados esta sexta-feira, indicam que registou em março e abril as maiores quedas mensais desde o início da respetiva série de dados, que começa em 1978, diz o Banco de Portugal.
O indicador aponta em abril para uma contração de 1,7%, quando em março sinalizava uma queda de 0,9%.
Também o indicador coincidente mensal calculado pelo Banco de Portugal para o consumo privado registou em abril uma "queda acentuada", diz o banco central.Também aqui as quedas mensais em março e abril foram as mais expressivas desde o início da respetiva série, em 1978.
A contração sinalizada em abril é de 2,7%, o que compara com -1,5% em março.
São dados que vêm reforçar a perspetiva dos economistas de que a contração da economia portuguesa no segundo trimestre vai ser bem mais severa que a queda homóloga de 2,4% apurada pela estimativa rápida do Instituto Nacional de Estaística para os primeiros três meses do ano. E apontam para a maior contração trimestral já registada na história do Portugal democrático.