Volvidos dois anos num processo de recuperação ou venda a investidores internacionais, a solução para o maior produtor português de cogumelos passou, segundo avança o Jornal de Negócios, pela compra de um fundo gerido pela capital de risco Core Capital.
As dívidas de 60 milhões da empresa fundada por Artur Sousa, grupo Sousacamp, que levariam a empresa para a falência depois de várias tentativas de solução, acabaram por ser viabilizadas, depois de um desconto (haircut) de 70% por parte da banca credora.
O Novo Banco, credor de mais de 34 milhões de euros perdoou 24 milhões de euros e a Caixa Agrícola fez um desconto de 11 milhões de euros numa dívida de 15,9 milhões, segundo o Negócios. Os credores comuns foram os mais penalizados, já que para viabilizar a empresas perderam praticamente 100% dos seus créditos sobre a Varandas de Sousa, o braço industrial do grupo Sousacamp. Entre estes estão a EDP, Galp, Euroguano, Saica Pack ou a Caterpillar
O plano de recuperação agora aprovado, é, segundo o administrador de insolvência da Sousacamp e da Varandas de Sousa, a a soluções que "melhor garante os interesses dos credores". Bruno Costa Pereira adiantou que "apesar de duro, o plano de recuperação tem como único propósito a continuidade deste player e a preservação do emprego".
Os créditos ao Fisco e à Segurança Social serão pagos na totalidade.
Nas três fábricas a empresas emprega 450 trabalhadores. Foi a falência do BES que desencadeou a queda da Sousacamp.