Economia

Caixa vê como “plausível” dividendos de pelo menos 250 milhões ao Estado

Caixa Geral de Depósitos acredita que poderá dar um mínimo de 250 milhões de euros ao acionista Estado em 2020. Uma ajuda para Mário Centeno, já que representa um aumento face aos 200 milhões.

RODRIGO ANTUNES/Lusa

Depois de dividendos de 200 milhões de euros este ano, devido aos resultados de 2018, a Caixa Geral de Depósitos prepara-se para poder pagar dividendos de pelo menos 250 milhões de euros

“É plausível”. Foi esta a expressão usada por Paulo Macedo, em Outubro de 2018, em relação à possibilidade de vir a pagar, por conta dos resultados desse ano, dividendos de 200 milhões de euros em dividendos ao Estado. E concretizou-se: foi esse o valor que efetivamente veio a distribuir.

Questionado na conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros nove meses, Paulo Macedo utilizou, em 2019, o mesmo adjetivo que usou em 2018 para falar da possibilidade de dar uma remuneração acionista de 250 milhões em 2020, com base nas contas deste ano. "É plausível".

A CGD registou, nos primeiros nove meses do ano, lucros de 641 milhões de euros, o que representa um crescimento de 74% em relação ao mesmo período de 2018, um montante que se deveu sobretudo à venda das operações em Espanha e África do Sul.

O presidente executivo da Caixa considerou, no entanto, que o assunto sobre a remuneração acionista é ainda “prematuro”, e elencou os vários passos que ainda é preciso dar, como a não oposição do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia.

Este montante será sempre uma ajuda para Mário Centeno, que está nesta altura a elaborar o Orçamento do Estado para o próximo ano.