Tentou reaver o seu sobretudo Armani, mas parece que não conseguiu.
O Chelsea comprou-o. Está no museu do clube.
Era um amuleto
É o sobretudo campeão. A mim não me diz nada, mas a eles diz.
Como é que o recuperaram?
Foi a leilão e houve um indivíduo que o comprou. O dinheiro foi para uma instituição da qual eu sou patrono, a CLIC Sargent, de apoio a crianças com cancro e às suas famílias. Depois o Chelsea quis comprá-lo e o indivíduo doou-o ao museu.
Diz que não liga à imagem, mas tem uma colecção de novos sobretudos.
Tenho dois, um mais quente que o outro.
Porque é que trocou o Armani pelo Ermenegildo Zegna?
Deixei o Armani porque o Zegna paga mais (risos).
Agora o sobretudo até vem com o seu nome na gola.
Da mesma maneira que um jogador está no campo e tem de ter umas botas que lhe assentem perfeitamente, tenho de me sentir bem. Não gosto de sentir frio e também não gosto de sentir calor.
E a estética não entra aí?
Entra da mesma maneira de que se eu for ali à rua. Não vou calçar umas meias amarelas com umas calças cor-de-rosa. Há um mínimo de cuidado. O fato que eu visto é do Chelsea e com o sobretudo tento sentir-me bem. Gosto que seja largo e tem de ter bolsos, porque há canetas e blocos.
Já viu pessoas na rua com sobretudos iguais?
Não há.
É exclusivo?
Com o nome, é. O casaco existe nas lojas.
E o cabelo? Recebeu ofertas de estilistas para lhe fazer um corte?
Vou ao cabeleireiro da minha mulher, que é um tipo porreiro. Quando ela vai, eu vou buscá-la e ele guarda uns minutinhos para mim e dá-me um toquezinho. Mas não ligo nada a isso. No Verão apeteceu-me ficar careca. Havia pessoas que diziam «ai que horrível», havia outras que diziam «ai que fantástico». Para mim é igual. Agora vai crescer e depois logo se vê.