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O médico paquistanês Shakil Afridi, que colaborou com a CIA na operação de localização de Osama Bin Laden em Abbottabad, poderá ser julgado por alta traição, mas a decisão ainda não foi tomada, comunicou, em declarações à CNN, um oficial do Governo paquistanês que preferiu permanecer anónimo. Em outubro, a comissão paquistanesa que está a investigar a morte do líder da Al-Qaeda sugeriu que fosse aberto um processo judicial contra o médico Shakil Afridi por trabalhar para a secreta norte-americana, solicitando que o mesmo fosse julgado por alta traição, um crime que no Paquistão é penalizado com prisão perpétua ou pena de morte. Shakil Afridi organizou, a pedido da CIA, uma campanha de vacinas em Abbottabad para tentar conseguir amostras de sangue de algum familiar de Bin Laden e verificar assim a sua presença numa casa da localidade, anexa a instalações militares. O objetivo seria cruzar a informação genética com o ADN da irmã de Bin Laden que morreu em Boston, em 2010. O médico foi detido pelos serviços secretos paquistaneses poucas semanas depois da morte do líder da Al-Qaeda em maio de 2011, durante uma operação especial levada a cabo pelos Estados Unidos.