O telemóvel de um mensageiro de Usama Bin Laden, apreendido na operação norte-americana que conduziu à morte do fundador da Al Qaeda, sugere ligações de Bin Laden aos serviços de informações do Paquistão, segundo o The New York Times.
De acordo com a edição eletrónica do jornal, que cita dois altos funcionários norte-americanos não identificados, o telemóvel contém contactos de um grupo militante vinculado aos serviços de informações do Paquistão.
A descoberta indica, segundo o diário nova-iorquino, que Bin Laden utilizou o grupo Harakat-ul-Mujahedeen como parte da sua rede de apoio no Paquistão.
A mesma descoberta levanta ainda a dúvida se aquele grupo e organizações similares ajudaram a proteger e apoiar o fundador da Al Qaeda em nome dos serviços de informações paquistaneses, já que estes protegiam o Harakat e o permitiam operar no seu território durante, pelo menos, duas décadas.
Os especialistas que analisaram as chamadas do telemóvel apreendido concluíram que os comandantes do Harakat que surgiam entre os contactos do mensageiro de Bin Laden tinham telefonado a funcionários dos serviços de informações paquistaneses.
Os respetivos funcionários paquistaneses defendem não haver nenhuma prova contundente que indique que os serviços de espionagem do Paquistão protegeram Bin Laden.