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Greve: transportes com "forte adesão"

FECTRANS assegura que a greve de hoje está a ter uma adesão em massa. Metropolitano de Lisboa está parado.
Cais do Sodré deserto hoje de manhã
Nuno Fox (fotografia tirada por telemóvel)

Os primeiros dados da greve geral nos transportes apontam para uma forte adesão quer no setor público quer no privado, adiantou hoje à agência Lusa fonte da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

"Tendo como referência as últimas três greves podemos dizer que a de hoje é a que regista uma maior adesão quer no sector privado quer no sector público, com alguns transportes a registarem 100% como o Metropolitano [de Lisboa] e uma paralisação quase total na CP e nos transportes rodoviário e fluvial", disse à Lusa José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

O sindicalista disse que a esta hora (cerca das 7h), "é muito difícil" dar uma percentagem exata da adesão à greve nos transportes porque ainda está a receber informação de outras empresas espalhadas pelo país.

Serviços mínimos

"Contudo, posso dizer que o Metro está parado, o transporte fluvial está reduzido aos serviços mínimos quer no rio Tejo quer no Sado, a CP nem sequer está a conseguir fazer aquilo que são os serviços mínimos. Temos os Transportes Sul do Tejo (TST) com 90% de adesão e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) com 100%", disse.

De acordo com José Manuel Oliveira, a Rodoviária de Entre Douro e Minho, em Braga está a trabalhar com serviços mínimos, a rodoviária da Beira litoral, em Coimbra com 95% e os transportes urbanos de Coimbra com 90%.

"A Carris em Santo Amaro está com 70% de adesão e na Pontinha, apesar da intervenção da polícia que carregou sobre o piquete de greve, só tinham às 7h saído 20 autocarros", contou.

No que diz respeito aos portos e controlo de navegação marítima e dos centros operacionais de correios, a FECTRANS refere que está a ser registada uma adesão superior a 85% em Lisboa, Coimbra e Porto.

De acordo com a FECTRANS, a maioria dos estabelecimentos da REFER estão na sua maioria encerrados e os que funcionam, apenas estão a assegurar os serviços mínimos.

A FECTRANS registou também vários tumultos envolvendo as forças de segurança e piquetes de greve na estação rodoviária da Pontinha, nas instalações da Vimeca/Lisboa transportes e na estação ferroviária da Pampilhosa, Mealhada, "impedindo que se exercesse o direito previsto na lei".

Um dos elementos do piquete que foi agredido pela GNR na Pampilhosa teve de receber tratamento hospitalar.