Já ninguém se lembra ao certo do dia em que tudo continuou na mesma. Uns acham que foi de domingo para segunda. Outros acreditam que foi de quinta para sexta. De nada interessa o que não chegou a acontecer há 50 anos. Foi a “vinte e tantos” de abril. O golpe de 1974 falhou. Salgueiro Maia não parou num semáforo vermelho e foi contra um camião do lixo. A revolução não triunfou. Este é o universo distópico apresentado pela companhia Palmilha Dentada em “O 25 de Abril Nunca Aconteceu”, peça que se estreia esta quinta-feira no Teatro Carlos Alberto, no Porto, onde fica em cena até 27 deste mês.
Exclusivo
“O 25 de Abril Nunca Aconteceu” e o Ronaldo joga no Benfica porque o regime nunca o deixou sair do país: os cravos pesam mais nesta distopia
A companhia Palmilha Dentada apresenta no Teatro Carlos Alberto, no Porto, entre esta quinta-feira e 27 de abril, uma ficção distópica em que o “golpe” de 1974 falhou e o país ainda vive amordaçado pela ditadura. “A melhor homenagem ao 25 de Abril é pensarmos como ele nos faz falta”, afirma o encenador Ricardo Alves ao Expresso