É quase um clássico: o exercício de prever quem receberá o Nobel da Literatura. Há dois anos que as previsões se têm vindo a cumprir, com a francesa Annie Ernaux a ganhá-lo em 2023 e o norueguês Jon Fosse a arrebatá-lo em 2023. Ambos eram muito diferentes - Ernaux foi exímia na autoficção enquanto Fosse, que é também dramaturgo, construiu uma obra inclassificável -, mas tinham em comum a origem europeia ou, num sentido mais lato, ocidental.