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Cultura

“Brilha Rio”, a exposição que liga as luzes da Lisboa desaparecida

Uma exposição com a melancolia de um tempo que passou. “Brilha Rio” recupera os letreiros de néon de uma Lisboa que se sonhava cosmopolita. Em Marvila, enquanto procura um espaço definitivo

Do gigante letreiro do hotel Ritz na capital (foto à esquerda), à Cervejaria Farol, em Cacilhas (em cima): documentos luminosos das duas margens do Tejo

Quando a noite cai, acendem-se as luzes, mas quando o tempo passa, corre-se o risco de apagarem-se memórias. Um casal de designers gráficos encandeou-se com a luminosidade dos letreiros de néon e fez deste universo de letras coloridas e bem desenhadas um projeto de vida. Há quase dez anos, Paulo Barata e Rita Múrias, fundadores do Projeto Letreiro Galeria, percorrem as ruas de Lisboa à procura das peças luminosas, antes que o lixo as encontre primeiro. Porque, defendem, por trás das luzes, há muitas histórias para contar e até um futuro por construir.

A mais recente exposição de letreiros comerciais portugueses do século XX assentou praça no estacionamento do Prata Riverside Village, projeto imobiliário com vista para o Tejo e desenho arquitetónico de Renzo Piano, em Marvila, na zona oriental de Lisboa. Promovida pela Letreiro Galeria, a iniciativa conta com a parceria da Plataforma P’LA ARTE, tendo aberto portas a 4 de dezembro. Vai ficar patente, pelo menos, até 5 de março de 2022, com um intervalo de encerramento para o período das festas de Natal.