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Tão artistas quanto eles. As mulheres na arte portuguesa

As mulheres portuguesas criaram, existiram em largo número, foram exímias também, mas o seu trabalho não foi alvo de registo ou de atenção. A sua condição feminina condicionou sempre a sua identidade como artistas. A exposição “Tudo o que eu quero — Artistas Portuguesas de 1900 a 2020”, mostrará pela primeira vez em conjunto a obra das mulheres artistas deste país nos últimos 120 anos

Artista Helena Almeida foi uma das grandes do último século cujo reconhecimento aconteceu tarde
josé carlos carvalho

Alexandra Carita

Dia 1 de junho inaugura na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, “Tudo o que eu quero — Artistas Portuguesas de 1900 a 2020”. A exposição mostra pela primeira vez em conjunto a obra das mulheres artistas deste país no último século, agregando o nome e a obra de Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Ana Vieira, Salette Tavares, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Maria José Oliveira, Fernanda Fragateiro, Sónia Almeida e Grada Kilomba, por exemplo. São 40 no total.

No dia 1 de junho não inaugura qualquer exposição coletiva que junte a obra dos mais ilustres artistas homens portugueses. Nem dia 1 de junho nem dia nenhum. Ou, por outro lado, essa exposição “masculina” sempre aconteceu.

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