Vida, vício e perda. Transição, obsessão e medo. Rue (Zendaya) e Jules (Hunter Schafer), juntas em “Euphoria”, surgem separadas na mais recente criação de Sam Levinson. Aqui, o realizador e argumentista da série de sucesso (vencedora de três Emmys, entre os quais Melhor Atriz para Zendaya, estrela Disney a entrar em grande na vida adulta) volta a pegar nas suas memórias dos anos de adição para construir uma narrativa sobre teenagers que é tudo menos uma série juvenil. “Passei a maior parte da minha adolescência em hospitais, clínicas de reabilitação e casas de recuperação”, contou o showrunner da série aquando da estreia dos primeiros episódios, e é a esses anos que volta para mostrar agora como Rue e Jules sobreviveram a elas próprias.
É uma temporada especial de apenas dois episódios, mas aqui não se trata de fechar a história, como aconteceu em “Sense8” (Netflix) ou mesmo em “Looking” (HBO Portugal) — que apesar do apelo dos fãs foram terminadas pelos respetivos canais e acabaram por contar com filmes a encerrar a narrativa. Em “Euphoria” tudo é diferente (descansem os fãs): esta temporada-ponte foi criada para fazer a passagem da primeira temporada para a segunda e apenas existe por neste momento não estarem reunidas as condições necessárias para filmar um número maior de capítulos. Ao ver o resultado, e esquecendo as circunstâncias, até dá vontade de agradecer.