Tornou-se há pouco num dos títulos mais falados nos Estados Unidos, mas a história da série já começou há muito. E nem sempre foi de sucesso. Antes de ter lugar na televisão norte-americana Pop TV ou mesmo de se estrear na canadiana CBC, “Schitt’s Creek” foi rejeitada por canais como a HBO ou a Showtime.
Agora, com oito Emmys, a grande vencedora da noite parece estar prestes a ganhar distribuição internacional nos principais mercados através da Netflix (ainda não confirmada em Portugal). É também a primeira série na história dos Emmys a arrecadar todos os prémios de comédia.
Das 15 nomeações que tinha, a série sobre uma família milionária que perde tudo o que tem ganhou nas categorias de Melhor Atriz, Melhor Ator, Melhor Argumento, Melhor Realização, Melhor Ator Secundário, Melhor Atriz Secundária, Melhor Casting e Melhor Comédia. Mas apesar do sucesso não é esperado que os Rose voltem.
"Não quis comprometer a qualidade da história. Não valia a pena correr esse risco", explicou o cocriador Dan Levy sobre a decisão de não escrever mais episódios. É ao longo de 80 episódios de 30 minutos, divididos em seis temporadas que o núcleo familiar diverte o público enquanto aborda vários temas prementes na sociedade norte-americana.
É em Schitt’s Creek, uma pequena vila do interior que compraram por brincadeira, que Johnny e Moira Rose e os filhos David e Alexis terão de assentar arraiais depois de perderem a vida que conheciam. Sem dinheiro tudo é diferente, mas a ideia era também mostrar a oportunidade que tinham para o desenvolvimento pessoal.
"O objetivo era que, no final da série, a família se desse conta do valor do amor. O dinheiro pode resolver várias coisas, mas nunca conseguiriam comprar a intimidade que conquistaram ao longo das temporadas", expressou Dan Levy em entrevista à “Variety”.