Na segunda metade do século XX, existiu um americano de sucesso que ficou famoso por não olhar a meios para atingir os seus objetivos. Para muitos foi a própria personificação do Mal, mas, como era um ser humano, a sua personalidade não podia definir-se num só tom. É na paleta das contradições que opera “Bully. Coward. Victim. The Story of Roy Cohn”, um documentário realizado por Ivy Meeropol, recém-estreado na HBO Portugal.
Roy Cohn começou a tornar-se notório, com pouco mais de 20 anos, logo após a sua licenciatura em Direito na Columbia University, pela sua ação como perseguidor de comunistas, na reta final dos anos 40. Teve um papel decisivo na acusação e condenação do casal Rosenberg, por espionagem a favor da União Soviética, nomeadamente através da manipulação de pelo menos uma testemunha cujo depoimento foi crucial para Jules e Ethel Rosenberg acabarem na cadeira elétrica. Trabalhou de perto com o senador McCarthy na época da ‘caça às bruxas’. Foi essencial no período em que McCarthy apontou baterias ao exército americano, o que contribuiu para a sua queda.
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