Cultura

D’Artacão regressa, desta vez no grande ecrã

Firma indo-singapurense prepara adaptação da série nipo-espanhola dos anos 80, que teve grande êxito em Portugal. “D’Artacão e os três moscãoteiros” é inspirado no romance do francês Alexandre Dumas

Imagem de divulgação do futuro filme de D’Artacão
DR

O cão espadachim que fez as delícias dos atuais quarentões vai voltar ao grande ecrã. Uma produtora indo-singapurense anunciou uma adaptação ao cinema das aventuras de D’Artacão e os Três Moscãoteiros, série infantil dos anos 80 inspirada no romance do francês Alexandre Dumas “Os três mosqueteiros”, de 1844. As primeiras imagem do filme, que terá tecnologia (imagem gerada por computador) já foram divulgadas e ilustram este texto.

Os estúdios Cosmos-Maya estreiam-se nas longas-metragens, após 25 anos de experiência em animação 2D e #D. Será uma coprodução com a espanhola Apolo Films, que produziu a série do século XX, e terá distribuidoras como a Universal, TVE ou Lusomundo, anuncia o sítio “Indian Television”. O argumento será escrito por Doug Landale, que escreveu filmes como “O panda do kung fu”.

D’Artacão com os amigos Arãomis, Dogos e Mordos (D’Artagnan, Aramis, Athos e Porthos no romance de Dumas)
DR

“D’Artacão está muito próximo dos nossos corações e não deixaremos pedra sobre pedra para recrear a sua magia”, afirmou à publicação digital o realizador do projeto, Toni García, que dirigiu “Invizimals”. O CEO da Cosmos-Maya, Anish Mehta, declarou-se “encantado” por ser esta a primeira obra do novo estúdio que a empresa criou.

O entusiasmo estende-se a Claudio Biern Boyd, um dos pais de D’Artacão. O cão mosqueteiro vai, promete, “entreter as crianças como fazia com os seus pais há 40 anos”. O espanhol também esteve envolvido noutros sucessos dos anos 80, como “A volta ao mundo de Willy Fogg” ou “David, o gnomo”.

Os 26 episódios de 25 minutos cada de D’Artacão – uma colaboração entre a japonesa Nippon Animation e a espanhola BRB, cujo genérico pode ver acima – surgiram na televisão em 1981 e chegaram a mais de 100 países, incluindo Portugal, onde foram emitidos na RTP. Os canídeos que protagonizam a história (na maioria, pois também havia ratos, gatos e até um urso) tinham as vozes de atores como João Lourenço, João Perry, Manuel Cavaco, Isabel Ribas, António Montez ou Maria Emília Correia.

O êxito foi enorme, não tendo faltado artigos de merchandising como a caderneta de cromos, bonecos em PVC e até gelados. “D’Artacão e os três moscãoteiros” teve como sequela “O regresso de D’Artacão”, nos anos 90, embora com menor projeção.