Depois de, em abril, ter sido assinado um acordo com os trabalhadores técnicos do Teatro S. Carlos, em Lisboa, os funcionários esperaram até ao fim do mês para o ver executado. Não foi. A resposta é a greve, desta vez de todos os funcionários técnicos e artísticos tanto do teatro de ópera como da Companhia Nacional de Bailado.
Uma das reivindicações dos técnicos era que fosse revisto o regulamento interno do pessoal. Mas nem um documento chegou aos trabalhadores, que sentem agora uma quebra de confiança quer do conselho de administração, quer da tutela (falaram de viva voz com a ministra da Cultura, Graça Fonseca).
Um plenário realizado ontem decidiu dar início à greve no próximo mês, comprometendo a realização de todas as apresentações de "La Bohème", no São Carlos , de "D. Quixote", pela Companhia Nacional de Bailado, a realizar no Porto, e ainda os espetáculos do Festival ao Largo que tenham a colaboração dos técnicos e artistas.
O caderno de encargos inclui aumento de salários, pagamento de trabalho suplementar, sala de ensaios para a Orquestra Sinfónica e revisão do regime profissional dos bailarinos.