“A Ponte dos Espiões”
Realização: Steven Spielberg
Com: Tom Hanks, Mark Rylance, Alan Alda, Domenick Lombardozzi, Victor Verhaeghe, Mark Fichera
141 min
É um óbvio candidato aos Óscares do próximo ano: “A Ponte dos Espiões” apresenta Tom Hanks como James B. Donovan, um advogado que é chamado para a ingrata tarefa de defender na barra dos tribunais Rudolf Abel (Mark Rylance) um espião soviético capturado em Nova Iorque em 1957.
A captura coincidiu com a fase inicial da Guerra Fria, momento em que cresciam os receios entre a generalidade dos norte-americanos de um ataque nuclear (diz o trailer que era a época em que a paranoia aterrorizava o mundo). Dentro desse contexto, o espião capturado era um inimigo que todos queriam ver executado.
Só que contra as expetativas, inclusivamente daqueles que o escolheram para a função, Donovan irá levar a defesa mesmo a sério. Surge como o homem com grandiosidade suficiente para não se anular perante aquela que se apresentava como a vontade dominante, capaz de agir de mote próprio e contra tudo e todos em defesa daqueles que considera ser os ideiais do seu país. Algo que estará presente tanto no processo de defesa do espião como na segunda parte do filme, quando anos mais tarde ele é chamado a ir até ao lado oriental de Berlim negociar a troca do espião soviético por um piloto norte-americano que fora entretanto capturado.
O filme conta com excelentes desempenhos, tanto de Hanks como do circunspecto Rylance. Baseado em factos históricos, o argumento é de Matt Charman, que contou com a colaboração dos irmãos Coen.