A cerimónia de entrega do Prémio de Artes Casino da Póvoa à pintora Graça Morais serviu também dar a conhecer ao público o renovado Salão de Ouro do Casino, que nos últimos meses foi alvo de uma profunda remodelação, na sequências das obras de melhoramente do edifício, num valor total de 11 milhões de euros, que estão ser levadas à cabo em diferentes espaços, e que só devem terminar no final do primeiro semestre de 2012.
Dionísio Vinagre, administrador do Casino, gracejou dizendo que "as obras serviram para ganhar mais alguns cabelos brancos", mas, mais a sério, mostrou-se satisfeito com a operação realizada.
"Acho que nos pudemos orgulhar de devolver o Salão de Ouro à Póvoa e ao Mar. Isso foi conseguido. Sinto que temos um espaço mais bonito e que ganhou a transparência que faltava para fazer a ligação com exterior", descreveu ao administrador, contando que a inauguração definitiva, e já depois de concluídos alguns pormenores, ocorrerá em Janeiro, com o concerto da cantora Brandi Carlile, embora, antes, o espaço também v+a receber o tradicional jantar e festa de reveillon.
Entretanto, também noutros locais as obras estão avançar, ficando já a garantia que o restaurante Varandas, que será a salão de refeições diárias do Casino, irá reabrir nos próximos dias. Já o espaço denominado Alibabar, ficará reservado para eventos especiais ou pontuais.
Ainda relativo ao Salão da Ouro, Dionísio Vinagre partilhou que a sala ficará quase exclusivamente reservada a receber espectáculos, sendo que em apenas " 3 ou 4 eventos durante ao ano é que serão servidas refeições no local". Com esta medida, tendo o restaurante Varandas em funcionamento, o Casino pretende acolher dois tipos de público: "Aquelas pessoas que apenas querem ver o espectáculos e as outras que querem desfrutar de uma refeição no Casino e também assistir aos espectáculos".
Ainda no que diz respeito ao outro restaurante do Casino - o Egoísta - o espaço só deve funcionar às sextas e sábados.
Nova concessão ainda por negociar
Ainda nesta entrevista, Dionísio Vinagre partilhou que não há novidades relativamente à renegociação da concessão de jogo entre o Varzim Sol, empresa que gere o Casino, e o Estado, para a Póvoa de Varzim. O administrador não se mostrou preocupado com o facto e preferiu sublinhar outras inquietações.
"Claro que se renegociação da concessão estivesse tratada, teríamos mais confiança nos elevados investimentos que estamos aqui a fazer. No entanto, o que mais nos preocupa, de momento, é o facto dos Casinos Online, que não pagam qualquer tipo de impostos, continuarem a funcionar, e de sabermos que há uma proliferação dos casinos e salas de jogo ilegais por todo o país. Preocupa-nos porque apesar de já haver algumas sentenças dos tribunais nesse sentido, o Estado não tem actuado..."