A clínica de medicina cubana anunciada para Vila Real de Santo António deverá abrir "no final do próximo mês de outubro ou no início de novembro", revelou o presidente da Câmara Municipal.
Luís Gomes, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura do Encontro de Cultura Cubana, evento que decorreu durante toda a semana na cidade pombalina, acrescentou que a abertura está a ser preparada por dois médicos fisiatras cubanos.
"Vamos ter em Vila Real de Santo António o que há de melhor no Mundo em termos de medicina de reabilitação", garantiu o autarca, frisando que o principal objetivo é "posicionar a cidade e o concelho como centro de excelência no âmbito da medicina de reabilitação e neurológica".
O autarca considera que a nova unidade de saúde, que funcionará nas instalações do complexo desportivo, vai ter "uma grande importância para a oferta turística", devido aos clientes que a irão procurar e que precisarão de alojamento, mas também representa uma resposta em termos de saúde "para os vila-realenses, para o país e para o continente europeu".
Refira-se que esta será a primeira clínica de medicina cubana a abrir na Europa. A estrutura funcionará com dois médicos fisiatras e três técnicos cubanos da área da reabilitação. Atualmente decorre o processo de licenciamento, bem como a aquisição de equipamento. "Se tudo correr bem, a clínica poderá abrir dentro de um mês ou pouco mais", garantiu Luís Gomes.
A gestão da nova clínica será levada a cabo por uma empresa privada ligada à saúde, que ganhou o concurso público lançado pela câmara municipal. A autarquia vila-realense, através da empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU), cede o espaço para a instalação da clínica e contribuirá, ainda, com um apoio que "rondará os 110 ou 120 mil euros anuais", explicou Luís Gomes. O autarca frisou que aquele valor servirá para pagar aos profissionais cubanos, no âmbito do acordo que a edilidade vila-realense estabeleceu com os serviços de saúde de Cuba.
Luís Gomes diz que ainda não foram acertadas contrapartidas para a autarquias, mas garante que "haverá, certamente, uma contratualização que incluirá o tratamento, gratuito ou com descontos, para a população mais carenciada do concelho".
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