O filme mostra "as vivências, o percurso, a exploração, a opinião e a realidade das pessoas que utilizam e trabalham diariamente a linha do Oeste". Apesar de ter uma duração de 60 minutos, esteve longe de ser tornar um documentário aborrecido ou monótono. Pelo contrário, cativou as pessoas que encheram o auditório, maioritariamente compostas por alunos da escola, familiares, professores e ferroviários, mas também autarcas e munícipes anónimos interessados no tema.
David Morais, Janete Soares, Rita Cavaco e Tatiana Higino trabalharam durante vários meses na produção deste filme, que inclui cenas gravadas em Bombarral, Outeiro da Cabeça, Torres Vedras, S. Martinho do Porto e Caldas da Rainha. Os ferroviários - e em particular um agente da Refer da estação do Bombarral - são retratados de forma admirável no seu quotidiano, mas também as pessoas que circulam nas automotoras quase vazias da linha do Oeste.
O filme tem até bons momentos de humor, que pôs a plateia a rir à gargalhada, mas dá também uma perspectiva séria e honesta sobre a triste realidade de uma linha que parou no tempo e definha à míngua de passageiros. Curiosamente, a CP, apesar de instada a responder aos jovens alunos e de contemplar na sua responsabilidade social a assumpção de boas práticas de transparência, recusou dar a sua visão sobre a linha do Oeste para este trabalho.