Bola Azul

Une paire de claques (+)

António Tavares-Telles

 1 - Quando os No Name Boys fizeram o que fizeram na Academia de Alcochete, o Benfica não só se calou como parece ter-lhes agradecido o título que, graças à inqualificável acção dessa claque, conquistou. Agora, foi uma outra claque - desta vez do FC Porto - que mais uma vez se comportou de forma idêntica a caminho da Figueira da Foz. E, dos lados do Dragão, nem uma vozinha para denunciar esse comportamento. O que não está mal: está péssimo.

2 - Noutro plano - este, se não é óptimo, perto disso - a equipa de futebol portista que, de forma tranquila e eficaz, foi ganhar à Naval. Com Varela a mostrar que, se conseguir um pouco mais de auto-confiança, pode tornar-se numa das vedetas deste campeonato. Um campeonato onde Fernando continua a provar - e de maneira! - que o é; e Falcão., mesmo sem um tipo de futebol bonito de se ver, brilha na movimentação, na luta e, sobretudo, na concretização e até nas assistências. Boa aquisição.

3 - Estão a cercar Paulo Bento e o presumível ataque a Pedto Barbosa (neste caso, fora e dentro de Alvalade) pode empurrar o treinador sportinguista para uma posição reactiva, ele que com toda a certeza não referiu aquilo que o chocou no caso do Titanic por acaso. De facto, ou a responsabilidade é de todos ou não é de ninguém.

4 - Em Poltava (segundo 'O Jogo') o Benfica estreou (na página 2) 'cinco novos titulares' e (na página 5) 'sete'. O que dá a deixa a ideia - para além de confusa, evidentemente falsa - de que Jorge Jesus pôs a jogar um segundo 'team'! Pois bem, nesse jogo o Benfica fez alinhar Moreira (até hoje tão titular como Quim, se é que o Benfica tem um titular para a baliza), Luisão, Sidnei, David Luís, Ramires, Javi Garcia, Fábio Coentrão - oito titulares pois, só Luís Filipe, Nuno Gomes e Keirrison o não tinham sido - e ainda utilizou Saviola, Di Maria e Rúben Amorim... Conclusão: que não é preciso fazer para branquear uma derrota num jogo que todos (ou qause todos) julgavam ser favas contadas!

Mas assim  vai o mundo...

(+) Tradução: um par de bofetadas