Bola Azul

Germano, Eusébio, Coluna, etc., etc., devem ter adorado...

António Tavares-Teles

Algumas notas sobre a jornada europeia das equipas portuguesas: Quanto ao FC Porto: fez um jogo muito fraquinho contra o Atlético de Madrid enquanto Tomás Costa foi médio defensivo, um lugar que o próprio Jesualdo considera pedra-base do seu modelo. Ora, o argentino andou quase sempre aos papéis. E só quando Raul Meireles assumiu essa função os centrais portistas puderam respirar, os laterais subir nas alas e Beluschi soltar-se mais para o apoio ao ataque, e o meio-campo funcionou. Um ataque que uma vez mais, de resto sem qualquer surpresa, Mariano Gonzalez demonstrou não ter estaleca para integrar. Porque é definitivamente um jogador medíocre. De qualquer forma, valeu o grande golo de Falcão e o de Bruno Alves/Rolando, que o confirmou. E um Hulk que, de facto, quando em boa forma física e sobretudo mental, põe a cabeça em água a qualquer defesa.

Quanto ao Sporting sem laterais à sua altura do seu 4-2-4 em losango, os leões tornam-se demasiado previsíveis. E, quando têm que jogar em ataque continuado, quase que desaparecem. Pelo que, para Alvalade, em Janeiro, gente de qualidade precisa-se para substituir Abel, Pedro Silva, Grimi e um André Marques que, sem mau jogo de palavras, está ainda muito verde.Quanto ao Benfica: Jorge Jesus pagou naturalmente em Atenas as declarações que fez por cá antes do jogo com o 8no entanto) debilitado AEK, comparando esta equipa à de Germano, Jaime Graça, José Augusto, Eusébio, Coluna, Simões, etc., etc., bem como aquelas outras em que advertiu os sócios encarnados para não esperarem uma goleada contra o seu adversário de quinta-feira... Uma tonteria, ou duas, se quiserem. Curiosamente, alguns dos mais ferrenhos benfiquistas dos jornais, que têm vindo a por a sua equipa nos píncaros, vêm agora falar da necessidade de "colocar os pés no chão". Ora - se é que não me engano - por cá, essa mesma equipa tem tido um calendário daquele que convida às vitórias, não defrontando ainda nem o FC Porto, nem o Sporting, nem o Braga, como os seus rivais tiveram de fazê-lo. O que transformava a sua (deles) euforia uma prestação completamente confrangedora, se não ridícula. Mas como cada um (quando não é obrigado ao contrário) come do que gosta...

Quanto ao Nacional: apesar de tudo, boa malha.